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terça-feira, 21 de agosto de 2012

Riellinho

Riellinho (Osvaldo Rielli), compositor e instrumentista, nasceu em São Paulo, SP, em 18/5/1917. Filho de José Rielli e irmão do maestro Emílio Rielli, desde menino estudou música e piano com o pai e depois com o irmão, aperfeiçoando-se em conservatório.

Aos 12 anos já se apresentava como acordeonista, pianista e organista na Congregação Mariana do Pari, em São Paulo. Iniciou-se como profissional em 1935, na Rádio Educadora Paulista, participando de seu conjunto regional e também da Orquestra Típica del Plata, tocando bandônio.

Em 1937 foi bandonista da Orquestra Típica Rielli, na Rádio Piratininga, e no ano seguinte na Rádio Cruzeiro do Sul, ao lado do pai, formando um dueto de acordeão. Passou depois a atuar na Rádio Tupi, no programa de Genésio Arruda. Na Rádio Bandeirantes, em 1939, foi contratado para apresentar o programa sertanejo Brasil Caboclo, ao lado de Capitão Barduíno, entre outros.

Estreou em disco na Columbia, em 1943, com o rasqueado "Mato Grosso" (com Nhô Pai) e a valsa "Ruth" (José Gueli). Em 1945 gravou na Continental o choro "Papagaio no galinheiro", a valsa "Andorinhas de Campinas" e "Araponga" (todas de sua autoria).

Na Victor, gravou, em 1946, como solista, a valsa "Sob o luar do Rio de Janeiro" (de sua autoria) e a rancheira "Casamento da Rosinha" (com Raul Torres). Excursionou com Nhô Pai, Nhô Fio e Rondinelli pelo interior de São Paulo e Mato Grosso, fazendo sucesso com o rasqueado "Casinha de carandá" (com as Irmãs Correia), "Araponga" e a polca "Cidade morena" (com Nhô Pai). Fez parte do quarteto sertanejo das Emissoras Associadas, de São Paulo, juntamente com Nhô Pai, Laureano e Mariano. Na Rádio Cruzeiro do Sul, formou o Trio Sertanejo, com Serrinha e Mariano, sendo este último mais tarde substituído por Caboclinho.

Em 1954, Caboclinho e Serrinha gravaram na Continental o tango brejeiro "Abandonado" (com Serrinha). Com a morte de Caboclinho, Zé do Rancho entrou em seu lugar, e o trio passou para a Rádio Tupi, atuando na novela sertaneja "Rosinha do sertão". Aposentando-se Serrinha, entrou para o trio Mariazinha Vieira. O novo trio gravou vários sucessos como: a toada "Meu cantinho de amor" (com Zé do Rancho) e a moda gaúcha "Querência querida" (com Mariazinha).

Em 1956 participou no filme "O sobrado", de Walter George Durst e Cassiano Gabus Mendes.

Tem inúmeras composições gravadas, entre as quais: "Tempo de infância", valsa (1949), gravada por Mariano e Cobrinha, na Continental; "Macaco na brasa", chorinho (1951), gravado por ele na Continental; "Flor serrana", rancheira, de parceria com Juvenal Fernandes; "Larga a brasa", arrasta-pé; "Lindóia querida", marcha-rancho, de parceria com Bernardino Pereira Filho.

Viajou pela Europa, Estados Unidos, Oriente Médio e Argentina, onde atuou no Tabaris, ao lado de grandes bandonistas. Atuou também em emissoras de rádio na Bolívia e Paraguai. Foi diretor da academia de acordeão Riellinho Studius, em São Paulo. Abandonou a carreira musical em 1985.

Fontes: Enciclopédia da Música Brasileira: erudita, folclórica e popular. São Paulo, Art Ed., 1977. 3p; Revivendo Músicas. 

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